sábado, 29 de abril de 2017

Padres de passeata

Padre Cleber Eduardo dos Santos Dias
Diocese de Bagé / RS



Há quem pergunte, mas não, a expressão "padres de passeata" não é minha. É velha, ou melhor, é do grande escritor Nelson Rodrigues. Foi ele quem analiticamente escreveu e descreveu a situação da Igreja no Brasil:

"A Igreja está ameaçada pelos padres de passeata, pelas freiras de minissaia e pelos cristãos sem Cristo. Hoje, qualquer coroinha contesta o Papa."

Neste passado dia 28 os padres de passeata saíram às ruas...aqueles que que quando Dilma cortou o seguro desemprego não deram um pio, aqueles que quando Dilma apresentou o mesmíssimo projeto de reformas de Temer não deram um pio, aqueles que nunca piaram sobre Pasadena, roubo bilionário à Petrobrás e aos cofres públicos, aqueles que nunca usam o hábito ou a batina porque, segundo eles, é coisa retrógrada de uma igreja conservadora, mas que ontem puseram seus hábitos novinhos em folha ou melhor, em ótimo tecido para fazer de conta que sua adesão ao esquerdismo, ao sindicato e à defesa de um ex-governo vigarista é o apoio da Igreja. 

Enganam-se redondamente...a Igreja, o povo de Deus, foi trabalhar porque já despertou e não mais segue a autoproclamada "alma mais pura do Brasil" o "pobrezinho de Garanhuns" que foi apresentado como o Messias e, como todo ídolo, falso messias e falso deus, revelou-se a prostituta de um certo empresário.


O tempo vai revelando os falsos deuses e os falsos messias...eles irão, mais cedo ou mais tarde para a vala infecta da História. Hão de seguí-los também seus escribas, sacerdotes e pregoeiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário